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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Encontros e desencontros

Já é batida a metáfora do aeroporto como um local de despedidas. Mas nesta semana uma cena me tocou: uma família abraçada ternamente; o pai, a mãe e a filha. A moça ia viajar e pelos abraços demorados e repetidos parece que ia para longe e por um bom tempo.

Fiquei imaginando a união deles e ao mesmo tempo o apego. Sim, nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos, no final das contas. E aquela família ficou muito tempo se despedindo, se abraçando, se beijando... Como se fosse muito dolorido ver a filha trilhando seu caminho, percorrendo outros rumos... Para que se colocam filhos no mundo senão para que eles sigam suas vidas?

Claro que seria insensível numa situação dessas somente dar um tchauzinho com a mão e desejar boa viagem. Sentimos falta das pessoas com quem compartilhamos nossa vida. Mas o momento da despedida deve ser de amor, não de dor. Desejar sorte, sucesso, divertimento e cuidado é normal, um forte abraço, um carinho, aquele "te cuida" do fundo do coração é muito bom. Mas acredito que devemos ficar felizes pelos outros. Afinal, é um privilégio poder viajar, te contato com pessoas de outra cultura, ver outros lugares, encontrar-se.