Avaliando uma dissertação sobre as percepções dos estudantes ingressantes no Instituto Federal Catarinense (IFC), refleti sobre o quanto se desconhece em relação aos Institutos Federais. A pesquisa indica que somente quem teve contato com algum docente ou discente que passou pelo IF sabe, minimamente, como funciona.
E isso me motivou a escreve este texto.
Os IFs representam uma revolução na educação brasileira. São bastante recentes, tendo sido criados por Lei em 2008 e instituídos a partir de 2009 em todo o território nacional. E, especialmente no interior, que carecia de acesso a educação pública, gratuita e de qualidade como ocorre nos IF.
Os IFs têm status de universidade, pois têm a verticalização do ensino, oferecendo cursos técnicos integrados ao ensino médio, graduações, tecnólogos, licenciaturas, pós-graduação lato e stricto sensu, ou seja, especialização e mestrado.
Eu atuo no IFC desde 2013 e antes de fazer o concurso também tinha pouco conhecimento sobre a instituição. Inclusive, em Santa Catarina há dois IF: o IFSC e o IFC, ambos com campi por todo o estado. Dentro do IFC aprendi muito e percebo que inserida neste contexto não havia pensado como a comunidade nos vê. Hoje, a partir das reflexões proporcionadas pela leitura da dissertação, percebo que há muito a ser feito em termos de divulgação para a comunidade.
E divulgação de questões básicas, como os cursos gratuitos existentes (Administração, Informática, Vestuário, Tecnólogo em Design de Moda, Especialização em Educação, Especialização em Moda), a quantidade de disciplinas (cerca de 16 a 20 por curso), as aulas pela manhã e à tarde para o técnico integrado ao médio e à noite para o tecnólogo no Campus Ibirama. Também a formação docente deve ser destacada, pois a maioria tem Mestrado e Doutorado. O corpo técnico também é altamente especializado, com vários servidores com Especialização e Mestrado. A estrutura física de um IF é ótima, com biblioteca ampla e com grande acervo disponível para a comunidade, além de salas de aulas amplas e equipadas, laboratórios específicos (de informática, de biologia, de costura, de administração), pátio amplo, espaços de convivência e ginásio de esportes.
Essas informações são públicas e devem ser publicizadas institucionalmente.
