[este post foi publicado originalmente em 22 de agosto de 2012 e agora foi editado]
Ultimamente parece que andamos nos acostumando a tudo: à pobreza, aos programas de TV, à corrupção, às incertezas. E também nos acostumamos às sensações.
Viajei de avião semana passada. E não senti nada de especial. Lembro da excitação da primeira viagem, ainda criança. Receber a bandeja do lanche, ver s roupas das aeromoças, ver tudo pequeno lá embaixo. Depois, já adulta, a emoção de voar pagando minha própria passagem e continuar admirando o mundo em miniatura. Mais recentemente, realizei o sonho do primeiro voo atravessando o Atlântico. Novas tecnologias, filmes, comida melhor.
E nesta última semana me dei conta de que não me emociono mais. Me acostumei. Pensei: vou andar de avião hoje a tarde. E não senti nada. Há alguns anos sentia o frio na barriga. Agora faço a mochila, não coloco cinto, nem relógio, nem lenço; faço o check-in, imprimo o bilhete, passo pela segurança, entro, sento, ouço as instruções, decola, voa, aterrissa e fico observando as pessoas ansiosas levantando antes do aviso de atar cintos.
Virou rotina.
O que mais virou rotina?
Um comentário:
Rotina boa é acordar de manhã, nas férias, ae pelas nove da manhã, Chris. Olhar para o lado e ver aquele sorriso banguelão!
Bom do bebê é poder "pular" a fila do check-in. Lembro de estar em POA tempos atrás, rumo ao Rio, depois da morte do pai, e aquela imensidão de gente esperando no Salgado Filho para o check-in. A guria me avistou com a minha sobrinha no colo e abriu caminho. De uns duzentos, passamos para a ponta. Será que funciona com gato ou cachorro? Beijo Chris. Qdo quiser, acessa o mendigorockvirtual.blogspot.com
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