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sábado, 14 de novembro de 2009

Inspirada por Leonardo Schabbach

Pessoas que gostam de ler e escrever me deixam feliz e com esperança de um mundo melhor.
Parece uma frase vazia, daquelas de concurso de Miss, mas pra mim é cheia de significado.
Tem um guri, o Leo Schabbach (sigam ele no twitter http://twitter.com/leoschabbach e o blog dele http://www.napontadoslapis.com.br/2009/11/escrever-e-preciso.html ) que lê, escreve bem, faz mestrado e publicou uma postagem ontem que me fez ter vontade de escrever também.
No texto dele (leia no link do blog dele) há depoimento sobre o processo de escrita dele enquanto contista e leitor/escritor assíduo e apaixonado.
Para mim a leitura e a escrita são uma paixão.
Meu mestrado é sobre leitura e o doutorado será sobre escrita, justamente porque leio desde os 3 anos de idade e escreve desde os 6, 7. Tive incentivo de uma família que lia. Mas nasci com isso. Não tenho a habilidade do Leo de escrever contos, mas parece que tenho alguma habilidade em tocar as pessoas e talvez até fazer com que concordem comigo.
Por meu histórico, ser professora é natural. A paixão por ler e escrever, a paixão por ensinar, a paixão pelos meus alunos (alguns a gente ama menos), pelo brilho no olho deles.
Já compartilhei com vocês minha experiência do mini curso. Eu tinha 14 alunos de graduação (eu estava sentada ali em 2007 e provavelmente sentarei de novo para concluir a graduação em LP) me olhando intrigados, fazendo perguntas, ficando em silência a perguntas do tipo "para que serve ensinar letra cursiva?"; "para que riscar tanto o texto do aluno? deixa ele escrever, depois ensina". Frizando que se deve ensinar sim.
Eu, graças ao universo, superei o trauma de ter todas as minhas partículas coordenativas riscadas em vermelho dos textos e segui escrevendo. Era algo assim "e eu sai e eu fui passear no centro e eu vi um prédio bonito e eu gostei e e me diverti e eu voltei pra casa". 
Comento com algumas pessoas que prefiro conteúdo ao invés da forma. A forma é importante, gente, mas forma vazia, serve para quê? 
Deixa escrever, deixa criar, deixa produzir, deixa pensar, deixa ser livre, deixa se expressar. A forma vai sendo ensinada e aprendida ao longo desse processo.
      




6 comentários:

Caio Clímaco disse...

Então Chris, concordo plenamente com o que vc escreveu. Infelizmente o ser humano tem aversão a tudo aquilo que nao lhe convém, ou que não faça parte dos seus valores e crenças. Devido a isso, muitas vezes as crianças ficam estigmatizadas porque não pensam e agem de acordo com a teoria escolar. E isso muita das vezes acaba prejudicando o seu proprio crescimento e amadurecimento intelectual, uma vez que a criança se sente repreendida na sua forma de expressão.

Obs.: Descupa o portugues, estou meio preguiçoso hoje.

Chris disse...

Caio, muito obrigada! Tb concordo com o q tu disse. Ainda bem q algumas estigmatizadas superam e viram gênios (algum dia disseram que Einstein era um fracasso em matemática...). Aproveito pra comentar q o teu português tá perfeito. Totalmente compreensível. Tu só escreveu (em parte) em internetês, língua legítima, com abreviações como vc e sem alguns acentos para escrever mais rápido. Grande abraço, guri!

Leonardo Schabbach disse...

Muito legal que o meu post tenha inspirado um outro post. A idéia era justamente essa, provocar discussão, reflexão. Fico muito feliz que tenha gostado.

Eu, particularmente, sou um fã da forma, como também sou do conteúdo. Gosto igualmente dos dois. Acho que o fazer poético precisa sim passar muito pela forma, mesmo que ela passe despercebida. Em versos brancos e livres, por exemplo, seria possível argumentar que não há essa forma, mas eu digo que há, embora ela não seja notável. E é ela quem define, mesmo que sem sabermos, o que é um bom poema livre e o que não é.

Agora concordo 100% com o exagero formal que nos cobram desde cedo (e também de leituras que não deveríamos ser obrigados a ter como criança). Essa cobrança precoce na forma, como você mesma disse, creio que é realmente muito prejudicial, pois pode criar na pessoa, que recém começa a se dedicar ao ato de escrita uma repulsa pela forma e, claro, pela própria escrita. Acho que o conteúdo é, de fato, desvalorizado demais em nossa sociedade. É tudo baseado nos efeitos, esquecem sempre da coitada da essência.

Chris disse...

Leo, muito obrigada!
Disse tudo.
A essência. Tão fundamental e tão esquecida em vários aspectos de nossa vida.
Abraço

claudia disse...

Olá Chris!
Eis-me aqui multiplicando os meios de comunicação... risos

Um ViVa ao prazer de escrever!

Beijos
Clau

Chris disse...

Olá, Clau,
obrigada pelo comentário e obrigada por me seguir!!!
ViVa!
Beijos