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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Voando novamente para a Alemanha

Depois de uma extensa preparação para minha mais longa viagem - tanto de trajeto quanto de permanência - embarco. Estou frente a três longos voos: Florianópolis para Rio [com 5 horas de espera], Rio para Lisboa [10 horas de voo] e Lisboa para Munique [três horas saindo 40 minutos atrasado].
Mas toda viagem, por mais cansativa e longa, sempre apresenta boas surpresas.
No Rio consegui wifi grátis oferecida pela Infraero. Alguns minutos tentando cadastro e procurando o número do voo [há vários números num bilhete internacional] e conectada! É difícil não poder dar notícias para os queridos que estão torcendo por mim ou para o Gui, esperando por mim há meses. O inusitado foi ajudar os gringos a ter acesso. As informações do site para cadastro e conexão estavam somente em português, não havia muita propaganda do serviço [acho que nós brasileiros sempre tentamos encontrar uma wifi dando sopa] e realmente acertar o número do bilhete é mais complicado que parece. E todos vinham falar comigo no seu idioma materno: como se não estivéssemos no Brasil, como se eu não fosse brasileira, como se todo o planeta falasse inglês. Acho servilismo o brasileiro sempre tentar se virar na língua do outro dentro do próprio país [ao mesmo tempo que isso é de uma generosidade e carisma imensos] e os gringos não se esforçam para falar a língua local [fato em ampla modificação: cada vez mais estrangeiros estão estudando português, mas isto será outro post]. Enfim, ajudei uma moça com aparência asiática [em inglês], uma argentina [em espanhol] e um rapaz não sei da onde. Ninguém perguntou: "Do you speak in english?". Mas muito gentis, pedindo desculpas por me interromper e agradecendo muito a ajuda.
Aqui na Alemanha eu não tento falar em português com ninguém, exceto com o Gui, porque estuda o idioma, e com uma menina do Stammtisch que está estudando português. No geral, pergunto se a pessoa fala inglês e me desculpo por não falar o alemão.
Não sei até que ponto essa postura é individual ou cultural. Mas me sinto na obrigação de me fazer entender. E parece que os estrangeiros estão começando a enxergar os outros também.

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